Reunião de posse da nova gestão:

Dia 01/12, às 18h, no espaço estudantil!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Atividades dos dias 1 e 2 de julho

01/07
18h30 - Cine Clube - The Edukators - no espaço verde.


02/07
17h30 - Assembléia de curso no saguão.
19h30 - Aula na greve - Professor Ricardo Musse: "Notas críticas sobre a Crítica da revolução russa" - no espaço verde.

domingo, 28 de junho de 2009

Calendário de Atividades da Semana (29/06 - 03/07)

Segunda-feira (29/06)
12h_Ato público de lançamento do Fórum pela Democratização das Universidades Estaduais Paulistas em frente à Reitoria da USP.
Este ato ocorrerá simultaneamente à reunião de negociação entre o Cruesp e o Fórum das Seis.
Convidados: Francisco de Oliveira, Maria Victoria Benevides e Marilena Chauí. 19h_ Assembléia do Curso de Ciências Sociais.
19h_Assembléia de Curso.
Terça-feira (30/06)
17h30_ Aula Aberta com o tema "A Greve e a Situação Atual na USP", na sala 8 do prédio de Filosofia e Ciências Sociais.
Os recentes acontecimentos ocorridos na USP trazem à tona uma ampla crise da universidade. Para que possamos refletir conjuntamente sobre essa crise, os pós-graduandos em Antropologia Social da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas convidam a todos, professores, alunos e funcionários, desta e de outras unidades da Universidade de São Paulo, para participar da “Aula Aberta”.
19h_ Assembléia Geral dos Estudantes em frente à Reitoria da USP.
Quarta-feira (01/07)
18h30_ Cine Clube "Edukators".

ENADIR (Encontro de Antropologia do Direito - dias 20 e 21 de agosto - FFLCH-USP

sábado, 27 de junho de 2009

Memória: Para a memória - por Laís Abramo

Entrei na Ciências Sociais da USP em 1972. O clima era barra pesada. Sensação de medo, os corredores cheios de tiras. As paredes tinham ouvidos. Manifestações públicas, dentro ou fora do campus, nem pensar. Os "veteranos" estavam marcados pelas histórias das muitas prisões ocorridas no ano anterior: a mais terrível delas a de um colega preso pela Oban em plena sala de aula. Mas também havia muita expectativa: não era pouca coisa estar na USP, no curso de Ciências Sociais. Apesar da sensação de estar vivendo "o fim do poço", desde o início pudemos sentir também os efeitos do que depois eu vim a identificar como uma característica bastante especial da universidade brasileira em tempos de ditadura: ela não foi destruída na mesma medida em que o foram as universidades no Chile, Argentina ou Uruguai.
Na Ciências Sociais isso era muito concreto: não tínhamos mais o Florestan Fernandes, o Octavio Ianni, o Fernando Henrique (naquela época ele não era o FHC) dando aulas, ainda que eles continuassem sendo muito importantes na memória da escola como professores comprometidos, de esquerda, marxistas, que haviam participado junto com os estudantes nas lutas de 68. Mas havia toda uma nova geração de professores, excelentes, e que, de certa forma, "continuavam a luta". E isso foi fundamental para manter a qualidade do ensino, e para que a USP se transformasse, naqueles anos, numa verdadeira "aldeia gaulesa" de resistência à ditadura.
Nós, o grupo de "calouros"de 1972, não perdemos tempo. Estudávamos, e muito. Sofremos algumas torturas, como tentar entender um texto do Marcuse falando do Hegel, logo de entrada. Passávamos horas quebrando a cabeça, lendo e relendo, tentando decifrar dois ou três parágrafos. Mas aquilo era muito estimulante. Um mundo novo se abria. Além de tentar descobrir o que era a sociologia, queríamos sempre saber quem, entre os professores, era "realmente marxista" e o que seria fazer uma sociologia comprometida com o país, com o povo (daí vinham as inumeráveis discussões sobre a "função do sociólogo"). Também nos divertíamos, e muito: festas, chopadas, grupos de teatro.
Segundo semestre: preparação das eleições do Ceupes (o centro acadêmico das Ciências Sociais). Quase todos os diretores eleitos no final de 1971 haviam sido presos. Começamos a participar do processo eleitoral. Queríamos dar a nossa contribuição para sair daquele "fundo do poço". Tínhamos na cabeça a referência do movimento estudantil de 68 (os nossos "irmãos mais velhos") e a clara consciência de que ele havia sido destruído. Queríamos "reconstruir o movimento em outras bases". Identificávamo-nos com a resistência de esquerda, mas tínhamos uma idéia muito clara de que "o trabalho de massa" era o único caminho possível para ampliá-la. Isso significava fazer algo que pudesse aproximar a entidade do "conjunto dos estudantes". Não dava para ficar só denunciando as prisões. Isso era necessário, mas não poderia ser, naquele momento, a atuação central do centro acadêmico. A primeira vez que assisti o pessoal do Ceupes entrando na classe para denunciar as prisões de colegas, tive a sensação de que, da maneira como aquilo era feito, parecia aumentar o medo e a impotência. Daí surgiram as propostas de tentar mexer também com a questão do ensino, do papel do sociólogo, organizar cineclube, grupo de mural. E lá viramos nós diretores do Ceupes.
Depois veio o plebiscito do ensino pago, em resposta à acusação do então ministro da Educação, coronel Jarbas Passarinho, que havia afirmado que a luta contra o ensino pago era resultado de "uma aliança entre ricos e comunistas". A grande maioria dos estudantes que votou no plebiscito apoiou a posição dos centros acadêmicos em defesa do ensino público e gratuito.
De repente 1973: nossa primeira grande "tarefa" como diretoria do Ceupes era organizar a recepção aos calouros. Fim da primeira semana de aula, sábado à tarde, chopada nos barracos. Chega o Bombom, um amigo da Geologia, agitado, assustado: "O Minhoca caiu, e tenho certeza de que ele não vai abrir". Minhoca era o estudante da Geologia Alexandre Vanucchi Leme. Aquilo me assustou. Meio da semana seguinte: estávamos fazendo, à noite, uma reunião de avaliação da semana dos calouros na casa de uma colega. De repente, agitadíssimos, chegam dois amigos da Geologia: "Mataram o Minhoca". Tinha acabado de sair a maldita notícia. No rádio, acho.
Perplexidade total. Esse, a gente conhecia de perto. Esse não estava na clandestinidade (nas semanas anteriores, vários outras pessoas tinham sido assassinadas pela ditadura, na tortura ou no meio da rua). O que fazer? Lembro, como se fosse hoje, da discussão: difícil, tensa (tínhamos, todos, 20 anos ou menos). Havia duas posições. A primeira: não podemos fazer nada; agir agora será dar um pretexto para que a repressão caia mais ainda em cima da gente (ela é muito forte, nós somos muito fracos). A segunda: nada disso, temos que fazer alguma coisa, porque se a gente ficar parado, quieto, aí que eles vão cair em cima cada vez mais. Lembro-me claramente do Bino e do Armando defendendo esta segunda posição.
Saímos de lá sem saber o que fazer. Era tarde, a gente andando, na escuridão, aqueles três ou quatro quarteirões da casa em que estávamos até a avenida Faria Lima. Eu tinha a nítida sensação de que a qualquer momento apareceria um camburão da Oban para nos prender. Insegurança total, desamparo. Fomos até a casa de um amigo da Poli, tentar juntar mais gente para saber o que fazer: os amigos um pouco mais velhos, com um pouco mais de experiência, o pessoal do XI de Agosto, que eram aprendizes de advogado. Os advogados eram figuras importantíssimas na época (os "do bem", é claro): sabiam entender mais a repressão, davam uma certa sensação de proteção naquele contexto de imenso desamparo. Mas enfim, naquela noite de março de 1973, acabamos indo todos para minha casa, pedir a opinião do meu pai, pedir que ele nos ajudasse a pensar (já nos sentíamos muito responsáveis pelo que iria acontecer no dia seguinte na universidade). Porque ele era de esquerda, mais experiente, e jornalista.
Os jornalistas também eram muito especiais na época. Supunha-se que, no meio de toda aquela desinformação provocada pela censura, eles tinham um pouco mais de informação, que nos poderiam ajudar a decidir o que fazer. Mas acho também que, além de todas essas razões, fomos conversar com ele aquela noite porque a sensação de pequenez e desamparo era tão forte, que precisávamos mesmo ter uma figura de pai por perto. Ele e a minha mãe foram acordados e ficamos lá conversando por bastante tempo. Não me lembro o que concluímos. Lembro que cheguei na USP no dia seguinte com a mesma dúvida: o que fazer? Mas logo de manhã tivemos a resposta. Sem muita análise, o pessoal da sala do Alexandre, ao chegar na escola pela manhã e receber a notícia, resolveu interromper as aulas e se declarar em assembléia permanente. O conjunto da escola aderiu imediatamente. O que tinha acontecido era inaceitável. O Minhoca era um cara muito querido. A indignação venceu o medo. Isso deu o rumo para todos nós. Assembléias gerais nas escolas, decretação de luto na universidade. Era uma sexta-feira. Pusemos faixas negras nos prédios em sinal de luto. No dia seguinte todas haviam sido retiradas pela repressão. Aí veio a idéia (que também nos parecia inexeqüível, num primeiro momento) de pedir para o D. Paulo Evaristo Arns rezar uma missa na Catedral da Sé. Parecia inexeqüível porque pouco tempo antes ele havia se recusado a rezar uma missa pelo Otavinho, um assassino da Oban que havia sido "justiçado" por alguma organização de esquerda. E o Alexandre era apresentado pelos jornais como um "perigoso terrorista da ALN". As negociações duraram vários dias. Até que o D. Paulo, num imenso ato de coragem e dignidade, aceitou rezar a missa. Que foi celebrada na sexta-feira, pleno 30 de março, um dia antes do 9º aniversário do golpe de 1964.
Duas canções
Os agentes da Oban filmando ostensivamente, por segundos ou minutos que pareciam eternos, a cara de cada um de nós. Presente o tempo todo a sensação de que a polícia poderia cercar a igreja. Sérgio Ricardo cantando Calabouço: Edson Luís em 68, Alexandre Vanucchi Leme em 1973. Tenuamente começávamos a refazer os fios de uma história que havia sido cortada, brutalmente interrompida. O texto da missa falava do "nosso irmão Alexandre, morto misteriosamente", reivindicando o seu exemplo de luta ("para que as suas vida e morte não tenham sido em vão"), questionando duplamente a versão da ditadura: de que Alexandre era um "perigoso terrorista", e de que ele havia morrido atropelado por um caminhão numa tentativa de fuga ao receber a ordem de prisão. Pode parecer pouco hoje, mas naquele momento tratava-se de uma disputa simbólica, pela linguagem, pelas versões da história, que era de importância crucial.
A polícia estava lá fora. Ninguém sabia direito o que fazer. Para todos nós aquilo era inédito. Os padres oficiantes recomendavam insistentemente pelo microfone que todos saíssem em grupos, ordenadamente. De repente, eles começaram a cantar a música de Geraldo Vandré, "Caminhando e cantando e seguindo a canção...". Além de muito emocionante, foi realmente uma saída muito inteligente. E inaugurou outro símbolo, outro código, que nos serviria muito, muitas vezes mais. Apesar disso, vários estudantes foram presos na saída da missa.
Na segunda-feira seguinte a USP não era mais a mesma. Era um pouco melhor. Todos nós éramos um pouco melhores. E um pouquinho mais fortes. Não há nenhuma dúvida de que o Bino e o Armando tinham toda razão na discussão daquela noite.
*Laís Abramo é socióloga e foi militante do movimento estudantil nos anos 70.

Edital estágio em Ciências Sociais - Comissão Pró-Índio de São Paulo

Objetivo do Estágio: Contribuir com as pesquisas dos programas de monitoramento “Comunidades Quilombolas e Direitos Territoriais” e “Terras Guarani do Sul e Sudeste” desenvolvidos pela Comissão Pró-Índio de SãoPaulo.
Atividades Previstas: O estágio prevê o levantamento e sistematização de dados no Diário Oficial da União e sítios-eletrônicos; cadastramento de informações em banco de dados e leitura de bibliografia relativa ao tema da pesquisa.
Pré Requisitos:
Ser estudante de Ciências Sociais, a partir do 5º semestre;
Disponibilidade no período vespertino.
Qualidades Esperadas:
Disponibilidade para o trabalho em equipe;
Habilidade para trabalhar com dados e planilhas;
Capacidade de cumprir horários e prazos;
Conhecimentos básicos em informática.
Período do estágio: De 03 de agosto a 18 de dezembro de 2009
Carga Horária: 16 horas semanais (das 14 às 18 horas de 2ª a 5ª feira).
Valor da bolsa-estágio: R$ 400,00 /mês e vale transporte.
***
Se você tem interesse no estágio, envie uma mensagem explicando as razões que o(a) motivaram a se candidatar ao estágio e anexe o seu currículo.
Prazo para envio das mensagens: 13 de julho de 2009
***
Os(as) candidatos(as) selecionados(as) serão chamados(as) para entrevista no período de 14 a 17 de julho.
Para saber mais sobre Comissão Pró-Índio de São Paulo, visite: http://www.cpisp.org.br/

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Provas de"Introdução à Economia I para Não Economistas"

Bom dia,

Escrevemos para informar àqueles que cursam "Introdução à Economia I para Não Economistas" que a FEA encontra-se fechada em razão dos casos de gripe suína que foram detectados na faculdade. As provas de hoje serão remarcadas, recomendamos então que os interessados liguem na seção de alunos da FEA em busca de informações sobre a nova data na semana que vem.

Atenciosamente,
Canto Geral - CeUPES 2009

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Paralisação das aulas no curso de Ciências Sociais

A todos(as) estudantes das Ciências Sociais,

neste processo de greve de estudantes, em nosso curso, o CeUPES realizou diversas passagens em salas de aula para expandir a mobilização. Desde o início, os estudantes reunidos em seus fóruns optaram por construir esta greve norteando-se, principalmente, pelo dialogo. Conforme deliberado em Assembléia deste curso, a realização de piquetes estaria condicionada à completa indisposição de professores em debater abertamente saídas para o curso. Neste sentido, as aulas das Ciências Sociais foram paralisadas nestes marcos – discutindo-se entre professores e estudantes a relevância do momento, a importância de se alterar o ritmo do curso e se aderir à greve.

Informamos que ontem conseguimos encontrar uma saída junto a dois professores que, de certa maneira, mostraram-se contrários à paralisação e com os quais encontrávamos dificuldades de dialogar. O Prof.º José Álvaro Moisés decidiu não aplicar prova à sua turma, substituindo por um trabalho a ser entregue. Também a turma do vespertino de “Introdução às Ciências Sociais – Sociologia I”, da Prof.ª Fraya Frehse, paralisou suas atividades. Nesta última, propusemos à professora que permitisse à turma decidir o melhor caminho para o curso, na ausência da professora. A turma optou por posterior reposição das aulas e a prova será realizada após as reposições. Este episódio é emblemático porque deixou claro que o diálogo deve preceder as decisões coletivas em nosso curso.

Aos estudantes de "Introdução às Ciências Sociais" – Sociologia I” do noturno, turma da Prof.ª Fraya Frehse, informamos que o CeUPES passará em sala hoje para levar a mesma proposta levada à turma do vespertino. Ressaltamos aos estudantes desta matéria que é importante chegar a uma decisão coletiva e para tanto sugerimos que esta sala possa discutir em sala, como feito pela turma do vespertino.


Agradecemos a atenção,

Canto Geral - CeUPES 2009

terça-feira, 23 de junho de 2009

Festa Junina da FFLCH

Quando?
Dia 24 de Junho, a partir das 18h.
Bandas a partir das 21h.

Onde?
No estacionamento do prédio da História/Geografia!!!

- Comidas Típicas;
- Cerveja, Vinho Quente, Quentão, Refri, Vodka, Cuba Libre, Vinho, Jurupinga, Disco Voador, Smirnoff;
- Churrasco;
- Fogueira;
- Músicas Típicas ao vivo;
- Brincadeiras;
- Correio Elegante.

Esperamos por você, até lá!

Nota de repúdio

Na sexta-feira, dia 19/06, alguns estudantes ligados ao CDIE entre outros grupos do tipo, foram à Assembléia do Sintusp para organizar um suposto pic-nic no Sintusp como uma ocupação de uma hora do Sindicato de Trabalhadores da USP. Certamente estes estudantes não dizem e não mostram em seus filmes que parte de seus “pacíficos” manifestantes portavam cartazes durante a assembléia de trabalhadores com os dizeres: “chupa Brandão”, “fora Brandão”, “morte a Brandão”. Estes organizaram um ato na praça do relógio no começo da noite e um setor deste grupo ainda ameaçava ir ao Sintusp para algum tipo de ação contra o Sindicato.
Nós, estudantes de Ciências Sociais, reunidos no comando de greve de nosso curso, no dia 22/06, repudiamos a ação destes grupos de direita em nossa universidade, assim como já nos manifestamos anteriormente em assembléias de nosso curso, e nos colocamos ao lado dos trabalhadores da USP e da maioria universitária contra grupos direitistas deste caráter que prontamente colocam-se ativamente contra a liberdade de organização e expressão dos trabalhadores da USP. Rechaçamos o uso indiscriminado da fórmula democracia que, para estes, significa: a polícia na USP para reprimir a organização polícia e sindical de estudantes e trabalhadores e ameaças de agressão e morte a Claudionor Brandão.
Não deixamos esquecer que parte destes estudantes foram os que fizeram o vídeo Sintusp Wars, tentando demonizar trabalhadores da USP que historicamente lutam pela universidade pública, gratuita e de qualidade, contra a terceirização do trabalho na USP e por melhores condições de trabalho e ensino. Outros ainda são os que juntaram-se numa manifestação agressiva e machista contra uma sindicalista, mulher, do Sintusp, durante um ato votado em assembléia de trabalhadores, ocorrido na Poli em 2007. Outros destes foram os que, de forma bastante autoritária, arrancaram crafts e cadeiraços do prédio da História e Geografia, ambos discutidos e aprovados por ampla maioria nas assembléias de base. Outros que, há poucas semanas, entraram no DCE Livre da USP e quebraram uma de suas portas de vidro. E outros, como o estudante da Faculdade de Direito da USP, Renato Gallotti Sant’Ana, que jogaram garrafas de vidro, ovos e outros objetos do 12º andar de um prédio da esquina da Av. Paulista com a Av. Brigadeiro Luiz Antônio, enquanto estudantes, funcionários e professores manifestavam-se num grande ato democrático contra a PM na USP e por “Fora Suely”.
Estes estudantes são hoje via de transmissão das políticas elitistas e repressivas de Serra e Suely na universidade e por trás deles estão figuras como Reinaldos Azevedos, tucanos, organismos institucionais da FEA-USP e a própria polícia. Aliás, como poderia ser feito um boletim de ocorrência de um dos estudantes deste grupo, da Faculdade de História da USP, alegando agressões, espancamentos e pauladas após a discussão com estudantes grevistas na sexta-feira a noite, quando não houve nenhuma ação deste tipo? Não por menos gritavam : “viva a PM na USP” junto a “fora Brandão vai já pro camburão”.
A normalidade acadêmica, a atual estrutura de poder da USP e a presença da polícia no campus estão ao lado destes estudantes que coadunam com o projeto de universidade pautado pela lógica do mercado, projeto este ativo em manter os atuais privilégios de uma classe sobre a maioria da população e dos trabalhadores.
Por todos estes motivos queremos deixar claro que muitos destes que hoje reivindicam uma suposta liberdade de expressão são os mesmos que coagem trabalhadores da USP, que disseminam uma ideologia não por acaso anti-operária na universidade e mais do que antidemocrática. Neste comando de greve, após o ocorrido de sexta-feira na USP, prontificamo-nos na defesa da liberdade de organização e expressão do movimento de greve assim como colocamo-nos ao lado dos trabalhadores da USP contra toda a ameaça ou agressão que podem sofrer, física ou de pequenos atentados ao Sindicato dos Trabalhadores da USP, assim como ao DCE Livre da USP.
Responsabilizamos a Reitoria e o governo do estado de São Paulo por qualquer atentado deste tipo na USP e rechaçamos o papel que a grande mídia vem cumprindo em insuflar movimentos direitistas de alguns estudantes nesta universidade.
COMANDO DE GREVE DOS ESTUDANTS DA CIÊNCIAS SOCIAIS DA USP
22/06/2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Avisos do Departamento de Antropologia

1 - O Departamento de Antropologia firmou acordo com a Linguística para o oferecimento de vagas para alunos da sociais. Serão 5 vagas em cada uma das seguintes matérias:

Elementos de Linguística I
Elementos de Linguística II
Sociolinguística
Língua não indo-européia
Historiografia da Linguística

As matérias e vagas estarão disponíveis no JupiterWeb a partir de 2010, mas a partir deste segundo semestre, pode-se fazer as matérias pedindo requerimento para a matrícula.

2 - Algumas matérias estão com informações faltando no jupiter:

Parentesco e Organização Social Rural - Margarida Moura
Antropologia e Cinema - Rose Satiko e Edgar Teodoro da Cunha
Antropo II - Ana Cláudia Marques e Marta Amoroso
Antropo IV - Julio Simões e Lilia Schwartz
Pesquisa de Campo em Antropologia - Fernanda Peixoto e Heloísa Buarque de Almeida
Etnologia Sul-Americana - Denise Fajardo
Antropologia da Sociedade Multirracial Brasileira: o Segmento Negro - Kabengele Munanga
Benjamin, Brecht e Antropologia - John Dawsey
Leituras de Etnologia III: a Antropologia Política de Pierre Clastres - Renato Sztutman
Do afro ao Brasileiro: Religião e Cultura Nacional - Vagner Gonçalves da Silva
Poder Político Tradicional na África - Carlos Serrano

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Textos sobre a UNIVESP

No GD sobre o programa UNIVESP realizado nesta última segunda-feira (15/06), o Professor César Minto havia se disposto a contribuir mais para o debate disponibilizando alguns textos. Seguem os links com os arquivos para download:

http://www.hotshare.net/file/152408-7632057534.html

http://www.hotshare.net/file/152409-6555085f05.html

http://www.hotshare.net/file/152410-760144247e.html

http://www.hotshare.net/file/152411-26049498d1.html

http://www.hotshare.net/file/152412-755345241f.html

http://www.hotshare.net/file/152413-9533117bf4.html

http://www.hotshare.net/file/152415-649105999b.html

http://www.hotshare.net/file/152417-1208770a8c.html

domingo, 14 de junho de 2009

Calendário de atividades da Semana do Curso de Ciências Sociais

Segunda-feira (14/06)
10h - oficina de materiais (camisetas amarelas, crafts e outros)
14h30 - grupo de estudos sobre univesp e estatuto da USP: com cesar minto
18h - Assembléia Geral dos Estudantes da USP
Terça-feira (15/06)
10h - atividade da Adusp: ATO DE REPÚDIO À REPRESSÃO NA UNIVERSIDADE, com a participação de Antônio Candido de Mello e Souza e Marilena Chauí.
LOCAL: ANFITEATRO DA GEOGRAFIA
12h - concentração em frente da reitoria para ATO na Paulista.
19h - Assembléia de Curso
19h30 - Debate: USP 75 ANOS: QUE UNIVERSIDADE QUEREMOS PARA OS PRÓXIMOS 25?
LOCAL: ANFITEATRO DA GEOGRAFIA (a confirmar) - Debatedores: José Sérgio Carvalho / Francisco de Oliveira
obs. programação sujeita a modificação dependendo das atividades deliberadas na Assembléia Geral dos Estudantes da USP.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nota de repúdio da gestão à imprensa

A atual gestão do CeUPES, Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP, vem por meio desta nota manifestar a toda a sociedade seu repúdio à inaceitável atitude - de extrema intransigência e truculência - que tomou a reitoria da Universidade de São Paulo na tarde de nove de junho de 2009. Em meio a uma manifestação pública e pacífica, estudantes, funcionários e docentes foram fortemente agredidos pelas tropas da Polícia Militar.
Contrário ao que tem sido veiculado, as manifestações das três categorias que compõem a comunidade universitária tem razões e objetivos claros: defender a educação pública e de qualidade a todos. Nossa maior bandeira é ampliar a participação popular nesta Universidade, que ainda hoje é destinada a poucos. Nossa luta é por mais vagas, principalmente à população pobre que excluiu de seus sonhos a chance de propiciar aos seus filhos e filhas uma educação de qualidade e transformadora.
Entendemos que a Universidade deve ser, por excelência, o ambiente estimulador de discussões críticas, receptiva à circulação de idéias e projetos para a sociedade. A USP comemora seus 75 anos neste ano. Seguirá sendo respaldada pela sociedade, que a reconhece como uma das maiores instituições públicas de ensino e pesquisa em nosso país. Porém, no último período, a reitoria mostrou não estar disposta a reconhecer ou reivindicar a Universidade como um espaço democrático de formulação de pensamento. Ainda que tenhamos buscado insistentemente o diálogo, a reitoria absteve-se do debate político com o movimento da universidade e preferiu – de maneira inédita – convocar a Força Tática da Polícia Militar para agredir os manifestantes. Todas as manifestações, como a de hoje, foram referendadas nos fóruns das categorias e, portanto, devem ser tratadas ao menos com respeito pelas autoridades universitárias. Realizamos - estudantes, docentes e funcionários - atividades públicas que procuram trazer novos participantes para as decisões coletivas, esclarecendo nossas pautas e reivindicações a toda população. A reitoria, de maneira diversa, optou por garantir, através de forças armadas, a supremacia de sua visão política.
Por muitas vezes, estudantes, funcionários e professores levantaram suas bandeiras e caminharam juntos em defesa da educação, conseguindo nessa trajetória grandes vitórias. Entretanto, nunca antes, dentro de uma universidade, estudantes, funcionários e professores foram obrigados a correr de bombas, policiais e todo o aparato que a reitoria invocou nesse nove de junho fatídico que manchará a história da Universidade de São Paulo. Ao permitir que a Polícia interviesse nas atividades da Universidade, a reitora abriu espaço para que os agentes policiais perdessem o controle sobre a situação. Indiscriminadamente, foram disparadas bombas de efeito moral, balas de borracha, sobre funcionários, estudantes e professores de várias unidades. Não só aos que já haviam aderido à paralisação inicialmente, mas também àqueles que, ao ter contato com a situação, saíram de suas salas para se somarem à manifestação. Ao contrário do que expõe a mídia, a agregação não foi um ataque aos manifestantes, mas sim um ataque a toda comunidade universitária. A USP, perplexa, não assistiu a um confronto entre policiais e manifestantes, mas sim um ataque frontal e descabido das forças policiais aos defensores da Educação Pública.
Nós, da gestão Canto Geral do Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP, repudiamos com veemência a opção desta reitoria. Não cederemos a essa onda de violência sem propósitos e reafirmamos nosso compromisso com uma Universidade aberta ao diálogo. Defendemos e continuaremos a defender a liberdade de organização, a autonomia da Universidade e a garantia de que ela passe a ser, de fato, um lugar onde se produza conhecimento crítico.
Fora Suely Vilela! Diretas para reitor já!

CeUPES - Centro Acadêmico de Ciências Sociais da USP
Gestão "Canto Geral"

Resoluções da Assembléia de Curso do dia 8 de Junho

- Até terça-feira, faremos alunaço (sem violência ou uso de força física) nos corredores das salas de aula tentando parar as aulas e conversando sobre as pautas e a greve;
- Na terça-feira, faremos uma reunião entre a Adusp, CeUPES e os professores que não aderiram a greve via diálogo e seguem ameaçando os estudantes com provas e prosseguimento das atividades;
- Se nessa reunião, o posicionamento for de prosseguir furando a greve e ameaçando os estudantes, faremos cadeiraço nas salas desses professores;
- O alunaço continuará nas outras salas.
***
- Comitê de greve na segunda, às 18h, no saguão de entrada do prédio.
(Não acontecerá por causa da assembléia geral dos estudantes da USP que foi marcada no mesmo dia e horário);
- Assembléia de curso, na terça-feira, às 19h, no saguão de entrada do prédio.

domingo, 7 de junho de 2009

Atividades de Greve!

Olá a tod@s,
Em 04 de Junho de 2009, @s estudantes da Universidade de São Paulo, reunidos em Assembléia, deliberam greve. Por toda a USP, vários cursos já haviam deliberado indicativo de greve, como as Ciências Sociais, ou greve imediata, como a História. Também na quinta-feira dia 04 de junho, a ADUSP reunida em Assembléia deliberou greve de professores/as. Agora, Docentes, Estudantes, e Funcionári@s em greve, na luta por uma Universidade Democrática, pela garantia da Educação de Qualidade na USP!
As entidades das três categorias tem o compromisso de fazer chegar à toda comunidade uspiana o debate em torno de seus eixos.
Segue abaixo, os eixos aprovados em Assembléia e no Conselho de Centro Acadêmicos (CCA).
***
“Quando vi todo mundo na rua de blusa amarela
Eu achei que era ela puxando o cordão
Oito horas e danço de blusa amarela
Minha cabeça talvez faça as pazes assim
Quando ouvi a cidade de noite batendo as panelas
Eu pensei que era ela voltando pra mim”
Chico Buarque – Pelas Tabelas – 1984
***
Os eixos da Assembléia Geral da USP são:
· Fora Suely Vilela e Direitas para Reitor/a!
· Fora PM do Campus!
· Pelo fim da UNIVESP!
Eixos aprovados no CCA de 06 de Junho:
· Novas vagas e mais verbas para cursos presenciais de licenciatura;
· Bolsa cultura-extensão com carga horário de 10 horas semanais e no valor do salário mínimo;
· Dotação orçamentária para permanência estudantil;
· Novos cursos noturnos com qualidade;
· Paridade nos órgãos colegiados;
· Transparência nos Gastos da Universidade!
***
O CeUPES convida a tod@s a participarem das atividades desta semana.
Apenas com a ampla participação seremos capazes de fortalecer nossas propostas para alterar a realidade da USP!
Segunda-feira
10h00 - Oficina de Materiais
15h30 – Grupo de Discussão (GD) Democracia na Universidade – Qual nosso projeto para a educação?
19h00 – Assembléia do Curso de Ciências Sociais
Terça-feira
10h00 – GD – Fora PM do Campus – em frente à reitoria
14h00 – “Trancasso” em frente ao Portão 1
16h00 – Aula Pública na Av. Luciano Gualberto com participação de Professores/as da USP (convidad@s a confirmar)
18h00 – Assembléia da USP
Quarta-feira
10h00 - Oficina Materiais Xadrez
13h00 – Check-mate na Reitoria
15h30 – Grupo de Estudos sobre Univesp e Estatuto da Universidade
16h30 – GD Propostas e Alternativas
18h00 – GD Currículo
***
Obs.: Tragam camisetas amarelas para silkagem na oficina de materiais!
Faremos, como à época das campanhas por diretas, camisetas amarelas para dar corpo à reinvidicação por Diretas para reitor!
As oficinas e Grupos de Discussão/Estudo, que não apresentam local especificado nesta agenda, acontecerão no Espaço de Estudantes das Ciências Sociais/Filosofia.
O Filme “Brad”, programação do cineclub do CeUPES, acontecerá na terça-feira às 20 horas.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Resoluções da Assembléia da Sociais - 02/06

- Adesão do curso nas paralisações na quarta-feira (03/06) e quinta feira (04/06);
- Adesão ao indicativo de greve da Assembléia Geral;
- A assembléia dos estudantes da Ciências Sociais repudia a entrada da polícia militar no campus.
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Contribuição de eixos da Ciências Sociais para o movimento estudantil da USP (para serem acrescentados aos outros três eixos de mobilização):
- Fora PM do campus;
- Mais vagas presenciais para a licenciatura;
- Aumento do valor das bolsas de auxílio de 300 reais para um salário mínimo, com a mesma carga horária anterior;
- Parcela fixa do orçamento destinada à permanência estudantil;
- Diretas para Reitor;
- Maior participação dos estudantes e funcionários nas tomadas de decisão sobre o orçamento da universidade e maior transparência nos gastos.
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- Saudamos a iniciativa dos professores José Sérgio Carvalho, Sylvia Garcia, Ruy Braga e Leonardo e as respectivas turmas que se incorporem ao ato e/ou tiveram aula na frente da reitoria como manifestação contrária à presença da polícia no campus;
- Organizar um abaixo-assinado na Ciências Sociais exigindo a retirada da polícia militar da universidade e a imediata abertura de negociação do Cruesp com o Fórum das seis;
- Organizar na Ciências Sociais o cinema de greve, como feito a partir do comitê de greve de trabalhadores e junto ao professor Luiz Renato Martins;
- Nota: "A assembléia repudia a postura de uma minoria de estudantes que se colocam a favor da intervenção da polícia no campus e pela repressão aos trabalhadores e estudantes. Não há como defender a universidade pública e estar ao lado da pressão e coerção policial. Reafirmamos nossa postura ao lado dos trabalhadores, da população e das minorias oprimidas por essa sociedade. Estamos ao lado daqueles que lutam por seus direitos! Estamos ao lado do MST, dos direitos das mulheres ao aborto, da democratização efetiva da universidade, da luta por melhores salários e condições de trabalho! Estamos ao lado daqueles que são reprimidos pelo Estado por lutarem por seus direitos! Contra a repressão na universidade! Pela liberdade de organização política e sindical!
Fora PM do Campus!
Pela readmissão do Brandão!
Pelo arquivamento dos processos contra os estudantes!"
- Que o CeUPES organize, em uma semana, a relação dos estudantes processados e sindicados de nosso curso, constando os motivos de punição - pedimos que os estudantes também informem a sua situação via e-mail do CeUPES;
- Não foi votada, por decisão do plenário, de acordo com a construção que vem sendo realizada no nosso curso, a realização ou não de cadeiraço nos dias de paralisação.
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Caso seja aprovada a greve na Assembléia Geral:
- Comando de Greve da Sociais na sexta-feira, dia 05/06, às 14h e na segunda-feira, dia 08/06, às 18h;
- Organização de grandes ato-debates sobre as pautas de greve. Como parte da mobilização real do curso e com o objetivo de amplia-la.
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Assembléia de Curso na próxima terça-feira, dia 09/06, às 18h, no saguão de entrada do prédio do meio da FFLCH!!!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Assembléia Extraordinária de curso (02/06)

Bom dia a tod@s!
Ontem, dia 01 de Junho de 2009, o dia da Universidade de São Paulo amanheceu cinza. Surpreendendo a mobilização de funcionários, a Reitoria convocou a Polícia Militar para entrar no campus universitário, de maneira à impedir que os funcinários realizassem um ato político nas dependencias da Universidade. Tal medida chocou a comunidade universitária por seu carater contraditório. Docentes, funcionári@s, e estudantes depararam-se com a impossibilidade de expressar-se publicamente, direito reservado em constituição e que, ao menos nesta univerisidade, não era ferido há muitos anos. Ao longo do dia, muitas aulas, incluindo de nosso curso, foram ministradas em frente à reitoria, confrontando tal medida autoritária e antidemocrática com o pensamento livre e emanciapador a que a Universidade de São Paulo propõe fomentar.
Convidamos a tod@s estudantes deste curso de Ciências Sociais à participação de Assembléia Extraordinária de nosso curso, hoje, às 18 horas, no Saguão do Prédio de Sociais para discutir este momento ímpar da USP.

Aguardamos sua presença. Compareça!